ALCACHOFRAS DA LUXÚRIA

Não mortas, apenas descansando... Ou algo assim, sei lá.

terça-feira, julho 26, 2005

capítulo 7: "Hora de Estar Apresentando a Vilã!"

resumo do capítulo anterior:

Filho da Puta, o herói cobrado retumbante de nossa novela, soube mais sobre o passado de sua irmã gêmea, a mulher com uma belíssima perna torneada de mogno, Flor de Eucalipto. No passado dos dois podem estar as pistas que levarão às Alcachofras da Luxúria. E quem conseguir encontrá-las conquistará um poder capaz de dominar o mundo, O MUNDO!

Mas ainda mais importante, finalmente Flor de Eucalipto topou dar para o Filho da Puta (ok, cobrou vintão, mas já é um primeiro passo). Para azar dos pobres espermatozóides de nosso herói, ainda ali, no escuro de um saco enrugado, uma voz misteriosa interrompeu os arranjos pré-coito.

E era uma voz que o Filho da Puta já conhecia! Agora, surpresa maior do que encontrar aquela pessoa no puteiro Saigon: Terra da Luxúria, só mesmo ver que ela estava apontando uma arma para nosso digníssimo protagonista.

E já que essa novela é um show de surpresas, com revelações pipocando em todos os cantos, filhos descobrindo que são adotados, irmãos aparecendo em toda parte e até mesmos honestas velhinhas mudando de nome sem maiores explicações, o autor resolveu que chegou a hora de assumir a verdade...

Na verdade, Adriano Vannucchi não escreveu nenhum dos capítulos dessa novela.

O verdadeiro autor da novela não é o gêmeo malvado dele. Também não é o primo malvado dele...O autor da novela na verdade é: o pseudônimo malvado dele, ODAIR LEME!

Aplausos para o bom e velho Odair, agora que ele recupera seu lugar na frente dos monitores, de onde nunca deveria ter saído!

Ah sim, e palmas para Adriano Vannucchi que dá asas à sua esquizofrenia e sai de cena para o retorno do velho astro!

Aliás, palmas também para XTO, o novo ilustrador da novela Alcachofras da Luxúria. Vocês podem ver os primeiros frutos do trabalho do garoto lá embaixo, nos capítulos 1 e 2.

Valeu maninho! Sério mesmo. Passa depois sua url pra poder aumentar sua propaganda.

Ah, e pra terminar essa que é a maior introdução desde o começo da novela... Os mais atentos devem ter reparado lá em cima que agora são só dois updates por semana, e não três. Enfim, é só pro Odair ter mais tempo por capítulo, eles estão consumindo mais neurônios do que estava previsto originalmente, então esse respiro é necessário.

Então é isso... Agora o autor, Adriano Vannucchi, se despede de vocês. E vamos em frente com o

capítulo de hoje:

"Vocês dois vão tratar de estar ficando bem quietinhos e aproveitar e ir levantando essas mãozinhas onde eu vou estar vendo elas bem direitinho!" - disse a dona da voz misteriosa.

Em choque, o Filho da Puta balbuciou: "Você... Mas tinha que ser você?"

"O mundo fica dando voltinhas, meu babyzinho..."- disse a mulher, e gesticulou com a arma - "a mãozinha, babyzinho."

O Filho da Puta levantou as mãos, mas mostrou toda sua revolta com a situação fazendo um gigantesco biquinho de choro.

Flor de Eucalipto achou que era hora de intervir:

“Mas péra... Quem é essa puta?”

“Olha quem está falando, queridinha... Não era eu que ia estar ganhando vintãozinho pelo que tenho entre as pernas...”

“Opa, opa... Profissão é uma coisa, a outra é ter jeito de bisca, sua bisca...”

A misteriosa mulher olhou para o Filho da Puta:

“Você está diminuindo o nível de suas companhias, babyzinho...”

“Babyzinho...” - repetiu Flor de Eucalipto, começando a se sentir enjoada - “Afinal, quem é essa mulher?”

“Ela é meu maior pesadelo...” - resmungou o Filho da Puta, ainda segurando o choro.

“Ah babyzinho... Admite que você está sentindo uma pontadinha gostosinha de saudadinha, vai?”

“Valha-me Deus...”- gemeu Flor de Eucalipto - “afinal, o que essa mulher fez com você? Te bateu? Roubou seu carro? Te currou? Falou tudo em diminutivo até você sangrar seus tímpanos com um garfo?”

“Pior que isso...” - respondeu o Filho da Puta após uns segundos de silêncio - “Essa é a mulher que eu amo...”

“Ama? Isso?” - indignou-se Flor de Eucalipto, apontando para a misteriosa mulher, que apontou o revólver para ela:

“Opa, opa... Não falei que você ia estar podendo estar abaixandinho as mãozinhas...” - então ela virou novamente para o nosso herói - “Ah vai, admite que você estava sentindo falta de mim, Filho da Puta...”

“Epa! Também não precisa exagerar”- indignou-se Flor de Eucalipto - “você pode até apontar uma arma pra mim, mas não vou permitir que chame meu irmão de Filho da Puta!”

“Mas é o nome dele, bobinha!” - respondeu a enigmática mulher.

“É, é o meu nome, maninha...” - respondeu o sorumbático Filho da Puta.

“Seu nome é Filho da Puta?” - surpreendeu-se Flor de Eucalipto - “Mas que raio de nome é esse?”

“Bom...”- começou a explicar o Filho da Puta - “Tudo começou quando minha mãe, a Puta, e meu pai, o Desconhecido...”

“Ok, já entendi, desencana...” - interrompeu Flor de Eucalipto - “Acho que devia ter perguntado seu nome antes de cobrar só vintão a trepada... Mas agora vamos voltar à vaca fria...”- apontou para a mulher misteriosa - “quem é essa vaca fria?”

“Ela se chama Gerundina..." - respondeu o Filho da Puta- "E acho que você pode dizer que ela é a mulher da minha vida...”

“Ai babyzinho, essas horas que você fica bancando o durãozinho pra esconder o que está sentindo por mim... Está sendo tão fofinho...”

“Filho da Puta... Gerundina... Só eu tenho nome normal por aqui?” - resmungou Flor de Eucalipto.

“Gerundina, o que você está fazendo aqui? Você não sabe que eu nunca mais queria te ver?”

“Ah Babyzinho, num fala assim não. Eu tô sabendo que vocêzinho estava só dizendo da boquinha pra fora...”

“Gerundina, você arruinou minha vida!!!” - e finalmente o Filho da Puta começou a chorar - “Olha só a que você me reduziu... Antes de te conhecer eu era um filho da puta feliz em minha filha da putice... Mas foi só te conhecer e pronto, sou apenas uma sombra do Filho da Puta que eu era! Amar você me arruinou, Gerundina!”

“Num fala assim comigo, babyzinho... Você sabe que está me machucando...”

“Desculpa amor...” - disse o Filho da Puta, antes de levar as mãos ao rosto, em choque - “Mas o que eu estou falando? Desculpas? Eu pedi desculpas?” - e começou a se espancar.

Enquanto isso, dentro da calça do Filho da Puta, o pênis dele viu isso e se empolgou. Quase gritou “Bate! Bate mais!!!”, mas achou preferível ficar quieto, para não sobrar pra ele.

“Agora chega, pára tudo! Não é possível que você ame essa mulher!” - gritou Flor de Eucalipto.



“Ué, e por que não?”- perguntou Gerundina, surpresa ao ponto de esquecer de gerúndios e diminutivos.

“É, e por que não?”- perguntou o Filho da Puta, curioso ao ponto de esquecer que estava se auto-espancando.

“Essa mulher só fala em gerúndio e diminutivo, pô! Ela é pior que atendente de tele-marketing!" -indignou-se Flor de Eucalipto.

"Mas ela é atendente de tele-marketing..." - explicou o Filho da Puta.

"Oh meu Deus... Então eu tenho medo dessa mulher..." - gemeu Flor de Eucalipto antes de virar-se novamente para seu irmão gêmeo e dizer - "Mas enfim... Você tem que amar uma mulher que seja inteira de verdade, como eu!” - e enquanto falava ela batia com sua perna de mogno no chão para enfatizar o que dizia.

“Queridinha... Acho que nós vamos estar tendo uma discordanciazinha aqui...” - disse Gerundina, segurando a arma com mais força.

“Bom, ele preferir amar você a uma mulher como eu não é motivo pra discordância, mas pra suicídio!”

“Flor de Eucalipto...”- cochichou o Filho da Puta - “Acho que não é a hora ideal para exercitar a velha rivalidade feminina e decidir quem é mais gostosa...”

“Meu babyzinho... Tããão espertiiinho!” - disse Gerundina, e mandou um beijo.

O Filho da Puta sorriu embevecido. Depois percebeu o que tinha feito e começou a bater a cabeça no chão.

“Mas tem uma coisa que eu quero saber...” - disse Flor de Eucalito num volume maior do que antes, para cobrir o barulho das pancadas que vinham do crânio do Filho da Puta - “se ela te ama, porquê está apontando uma arma pra você?”

O Filho da Puta arregalou os olhos e concordou:

“Epa, é verdade! Gerundina! Você me ama! Guarde essa arma! Não é motivo pra me matar o fato de você ter me achado num puteiro, prestes a pagar vintão pra comer minha irmã-gêmea!”

“É verdade!”- empolgou-se Flor de Eucalipto - “Nós dois somos irmãos gêmeos, então você não precisa se preocupar pois mesmo que nós fizéssemos sexo, não ia ser nada sério, sabe?”

“É!” - concordou o Filho da Puta - “Não ia virar uma relação nem nada assim!”

“Ou casamento!”

“Pô, casamento não?”- entristeceu-se o Filho da Puta - “Nossos filhos iam sair lindos, eu acho...”

Flor de Eucalitpo acertou uma cotovelada no rim do Filho da Puta.

“Babyzinho, eu já estou cansada de estar conhecendo vocêzinho... Sei que você não me esqueceria por essazinha aí... Eu só vim aqui por acaso, vi esses neons rosas na porta e achei que fosse um entreposto paulistano da Mangueira... Me surpreendi quando te vi rolando no chão sozinho... Aliás, o que você tava fazendo aquela hora, hein?”

“Xá pra lá, xá pra lá...” - resmungou o Filho da Puta e resolveu bancar o machão- “Quer atirar, atira, mas não queira que eu me humilhe por você...”

“Mas eu vou estar atirando, babyzinho...”

“O quê?!?”- surpreendeu-se o Filho da Puta.

“Se humilhe! Se humilhe!!!” - Flor de Eucalipto sussurou em seu ouvido.

“Não vai adiantar babyzinho... Entenda: eu estou te amando, e sei que você também está me amando. Não tenho nenhum problema com o fato de que você estava prestes a pagar pra cometer incesto, acho inclusive muito natural...”

“Então!” - alegrou-se o Filho da Puta - “Podemos abaixar os braços e, sei lá, parar de apontarmos uma arma pra minha cara?”

“Eu estava ouvindinho tudinho que vocês estavam falandinho, babyzinho... Dominar o mundo? Tsc, tsc...”

“AHÁ! Eu sabia que você não podia ser tão insuportavelmente fofinha!”- interveio Flor de Eucalipto - “Agora... Admita que você quer as Alcachofras da Luxúria para você poder dominar o mundo sozinha, hum?”

“Aê Gerundina! Finalmente está melhorando, hein?”- alegrou-se o Filho da Puta.

“Nãozinho, nãozinho... Só sei que o mundinho é um lugarzinho muito complicadinho pra ainda por cima estar tendo alguém dominando ele todinho, todinho... Eu não posso admitir uma coisa dessas...”

“Pô, Gerundina... Sempre empata-foda...”- choramingou o Filho da Puta, então olhou para Flor de Eucalipto e acrescentou - "com isso são duas fodas empatadas só hoje..."

Flor de Eucalipto ignorou o olhar e o dizer do Filho da Puta e questionou:

“Você quer dizer que apesar de fazer meu irmão se apaixonar por você e amar ele de verdade, você está disposta a impedir que ele domine o mundo só porquê você não acha isso certo?”

“Exatinho...”

“Mas que tipo de vaca egoísta é capaz de uma coisa dessas?” - protestou Flor de Eucalipto.

A arma disparou.

A bala entrou pelo olho esquerdo de Flor de Eucalipto. Ela caiu em meio a uma poça de sangue e miolos.

“Pô Gerundina... Ainda nem tinha comido ela!”- reclamou o Filho da Puta - “Bom, mas pelo menos economizei meus vintão...”

“Ah babyzinho... Vou estar pra sempre te amando, tá? Tem alguma última palavra?”

“Última palavra? Hummm... Bom, se é pra escolher então que seja... ‘FRONHA!’”

“Ah babyzinho, isso que é última palavra de verdade...” - disse Gerundina. Então ela levantou a arma na direção do rosto do Filho da Puta e, com uma lágrima caindo de seu olho esquerdo, completou - “Adeusinho babyzinho...”

(continua - talvez? - no próximo capítulo:
8: "PUM!" )

2 Comments:

At 8:17 PM, Anonymous Anônimo said...

Ó caro autor,
você não vai estar podendo matar o filho da puta! Isso não vai estar sendo justo com os seus leitores!! Leitores??? Comigo!!!
Eu vou estar ficando triste se a novela estiver estando no final!!!!

Estando ateciosamente

O leitor

 
At 8:20 PM, Blogger Adriano Vannucchi said...

Ei leitor! Ainda vem mais por aí.
Acho, sei lá, eu sou sempre o último a saber das coisas por aqui...

abraços
Adriano

 

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